segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Irmandade Feminina

"Quando, no fim dos anos 60, explodiu o rugido da ira feminina suprimida, rejeitada e negligenciada, as mulheres começaram a exprimir um pouco de sua raiva pessoal e de sua fúria divina, e começou a brotar, de uma cornucópia de auto-expressão feminina, arte, literatura, teatro e filosofia. As mulheres começaram a ler outras mulheres, a ouvir outras mulheres, a ver outras mulheres, a amar, a apreciar, a valorizar, a alimentar outras mulheres, a se preocupar com outras mulheres. A irmandade se reuniu. Como escreveu Monique Wittig em Les Guerillières:

Houve um tempo em que você não foi escrava, lembre-se disso. Você andava sozinha, repleta de alegria, tomava banho com a barriga de fora. Você diz que perdeu completamente a lembrança disso, lembre-se... diz que não há palavras para descrever isso, que isso não existe. Mas lembre-se. Faça um esforço para se lembrar. Se não conseguir, invente."

(Barbara Black Koltuv, "A tecelã - Ensaios sobre a Psicologia Feminina Extraídos dos Diários de uma Analista Junguiana". 1990)

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