segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Osíris, deus-cereal


"Logo os padres de Amon abriram o caixão e mostraram a todos uma imagem humana feita de lodo e terra vegetal, perfumada de incenso, benjoim e mirra. O rosto da imagem era amarelo pálido e as faces estavam pintadas de verde-claro. Representava Osíris mumificado com a coroa branca do Alto Egito colocada na cabeça. Aspergiram esta imagem com um pouco da água da ultima inundação do Nilo e depois semearam-na com sementes de linho e de cevada. Em seguida a imagem voltou ao templo.
[...]
Finalmente, na noite do décimo-oitavo dia, os sacerdotes se dirigiram ao Santo Sepulcro, onde a imagem de Osíris mumificado foi depositada. Depois, a efígie, feita e sepultada no ano anterior, foi retirada e colocada sobre ramos de sicômoro. Os grãos tinham germinado e saíam belos e tenros do corpo de Osíris, o que era um bom presságio, pois, segundo a tradição, isto causava o crescimento das colheitas: o deus-cereal produz o cereal de Si mesmo. Ele dá seu próprio corpo aos homens. Ele morre para que os homens vivam!"


Alegrai-vos todos, Osíris ressuscitou
e está em nós e nós estamos nele como
raios de uma mesma luz!

(Nefertiti e os mistérios sagrados do Egito, Chiang Sing)

"Oh! Tu, que estás oculto e não obstante manifesto, adoramos-Te ao saudar cada alma divina que de Ti surgida vive em nós."

domingo, 27 de janeiro de 2013

Ilha das Flores


Sinopse: Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Medusa


“Alguns creem que a decapitação de Medusa simboliza o domínio da sociedade patriarcal. Medusa, termo que significava “sabedoria feminina soberana” foi silenciada e seus poderes caíram sob o controle e as ordens dos homens… A grega Medusa é uma importação da Líbia, onde era venerada pelas amazonas, junto às Deusas das Serpentes. Originalmente simbolizava a sabedoria das mulheres, os mistérios do feminino e os ciclos da natureza e mais tarde esses valores foram deturpados e Medusa passou a ser conhecida como “monstro maligno”.


(Nathalie Gingold)

FONTE: http://aknagold.wordpress.com/

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Da sessão "filho de mães lésbicas"

 
Da sessão "filho de mães lésbicas"

por Júlia Flauzino

- mas seu filho vai ser gay ...
- meus pais são heteros.
- mas mesmo assim, se ele gostar de homens?
- e se o seu filho for matemático ?
- sei lá. eu não suporto matemática, mas o problema é dele, ué.
- pois é.
- huuum ... e se ele perguntar o porquê de não ter pai ? o porquê da família dele não ser completa ?
- você não tem irmãos. seu marido também não. sua filha não tem tios, nem primos. sua família é menos família ?
- tá, faz algum sentido ... mas uma coisa é certa: seu filho vai ser motivo de chacota na escola e entre os amigos.
- aí o problema não está na educação que eu vou dar pro meu filho, está na educação que você vai dar pros seus.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A “caça às bruxas”: uma interpretação feminista


Por Rosângela Angelin

A “caça às bruxas é um elemento histórico da Idade Média. Entre os séculos XV e XVI o “teocentrismo” – Deus como o centro de tudo – decai dando lugar ao “antropocentrismo“, onde o ser humano passa a ocupar o centro. Assim, a arte, a ciência e a filosofia desvincularam-se cada vez mais da teologia cristã, conduzindo, com isso a uma instabilidade e descentralização do poder da Igreja. Como uma forma de reconquistar o centro das atenções e o poder perdido, a Igreja Católica instaurou os “Tribunais da Inquisição”, efetivando-se assim a “caça às bruxas“. Mas quem eram, enfim, estas mulheres que fizeram parte de um capítulo tão horrendo da história da humanidade, e por que o feminismo retoma as bruxas como um dos seus principais símbolos?

[...]

A “caça às bruxas” coincidiu com grandes mudanças sociais em curso na Europa. A nova conjuntura gerou instabilidade e descentralização no poder da Igreja. Além disso, a Europa foi assolada neste período por muitas guerras, cruzadas, pragas e revoltas camponesas, e se buscava culpados para tudo isso. Sendo assim, não foi difícil para a Igreja encontrar motivos para a perseguição das bruxas. [...] Em 1484 foi publicado pela Igreja Católica o chamado “Malleus Maleficarum”, mais conhecido como “Martelo das Bruxas”. Este livro continha uma lista de requerimentos e indícios para se condenar uma bruxa. Em uma de suas passagens, afirmava claramente, que as mulheres deveriam ser mais visadas neste processo, pois estas seriam, “naturalmente”, mais propensas às feitiçarias (MENSCHIK, 1977: 132 e EHRENREICH & ENGLISH, 1984: 13).

[...]

Diante de tantas mortes de mulheres acusadas por bruxaria durante este período, podemos afirmar que o ocorrido se tratou de um verdadeiro genocídio contra o sexo feminino, com a finalidade de manter o poder da Igreja e punir as mulheres que ousavam manifestar seus conhecimentos médicos, políticos ou religiosos. Existem registros de que, em algumas regiões da Europa a bruxaria era compreendida como uma revolta de camponeses conduzida pelas mulheres (EHRENREICH & ENGLISH, 1984: 12). Nesse contexto político, pode-se citar a camponesa Joana D`arc, que aos 17 anos, em 1429, comandou o exército francês, lutando contra a ocupação inglesa. Esta acabou sendo julgada como feiticeira e herege pela Inquisição e queimada na fogueira antes de completar 20 anos. Diante disso, configurava-se a clara intenção da classe dominante em conter um avanço da atuação destas mulheres e em acabar com seu poder na sociedade, a tal ponto que se utilizava meios de simplesmente exterminá-las.

O feminismo busca resgatar a verdadeira imagem das bruxas em nossa história, analisando não somente os aspectos religiosos, mas também políticos e sociais que envolveram a “caça às bruxas” na Idade Média. No olhar feminista, as bruxas, através de seus conhecimentos medicinais e sua atuação em suas comunidades, exerciam um contra-poder, afrontando o patriarcado e, principalmente, o poder da Igreja. Em verdade, elas nada mais foram do que vítimas do patriarcado (ALAMBERT, Ano II, n° 48: 7). Atualmente, as mulheres ainda continuam sendo discriminadas e duramente criticadas por lutarem pela igualdade de gênero e a divisãodo poder social e econômico, que ainda é predominantemente masculino, continuando vítimas do patriarcado. Por isto, as bruxas representam para o movimento feminista não somente resistência, força, coragem, mas também a rebeldia na busca de novos horizontes emancipadores.

Texto completo em: http://migre.me/cWMex

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Astrologia e Destino


"Somos compostos por Sol, Lua, Ascendente, Marte, Mercúrio, Vênus, Júpiter e Saturno, cada Deus quer seu quinhão; senão somos conscientes de quem somos, somos arrastados pelos desígnios divinos (O Destino nos arrasta nos seus fios); quando temos consciência de quem somos e de como funcionamos conseguimos alinhar nosso Panteão afim de uma busca, então, todos os deuses te forjam para aquela causa.

Claro, não fomos forjados para tudo, cada qual tem o seu Destino, sua história, as Parcas escreveram teu nome, e tuas estrelas na tapeçaria da história da Terra. Temos um destino individual e um coletivo, uma responsabilidade para conosco, e outro para com a Humanidade."

FONTE: http://www.facebook.com/ORetornoSolar

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013


Entrego-me
Para esta perigosa sedutora
Com seus beijos lascivos
Desperto meus poderes ocultos
Fascino
Envolvo
Perturbo
Devoro
Eu me fundo ao mistério

Uma mulher nunca será inteira
Sem se apaixonar pela sua Lilith...

Texto: Libertária
Imagem: Adrian Borda

FONTE: http://migre.me/cUWV4