quarta-feira, 27 de novembro de 2013


"O céu, grande e amoroso, curvou-se sobre a terra.
E deitou-se sobre ela como amante puro.
A chuva, fluxo úmido caindo do céu,
Tanto sobre os homens como sobre os animais,
sobre os fracos e os fortes,
Fez germinar o trigo, inchou os sulcos com barro fecundo
E fez surgir os brotos nos pomares.
E fui Eu que dei poder para esses casamentos úmidos.
Eu, a grande Afrodite."

(Ésquilo)

segunda-feira, 25 de novembro de 2013


"O impasse crítico resultante dessa inadaptação revela a crise de transição que prenuncia o final de um período e o início de outro. Precisamos dar o próximo passo na metamorfose da consciência, queiramos ou não. Com base na experiência clínica individual, aprendemos que o passo seguinte na evolução é inevitável, conquanto costume ser doloroso. Mas pode ser muito facilitado quando sua necessidade é aceita e quando se compreende o sentido de sua direção em termos gerais. No entanto, só nos cabe apreender esse sentido de sua direção geral, qualquer tentativa de identificar ou prever o desenvolvimento futuro é uma inevitável decorrência de projeções futuras de elementos passados e presentes. Essas projeções baseiam-se no pressuposto tácito de que os passos que se dão adiante serão repetições de fases existentes. O equívoco dessa suposição está em deixar de fora a natureza e a imprevisibilidade da criatividade."
(O Retorno da Deusa: Mitologia Junguiana, Edward C. Whitmont)

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

"Somente há chave que dê o sentido de símbolo para quem compreende a simbólica mítica. Somente há via que conduza ao sentido sagrado do símbolo para quem vive a simbólica iniciática."

(Raul Berteaux, La Voie Symbolique, 1978)

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A era da Filha


"O ensaio de Jung termina com as seguintes palavras: 'É função de Eros unir o que Logos dividiu. A mulher de hoje depara-se com uma tremenda tarefa cultural - talvez seja o amanhecer de uma nova era.'

[...]

No nível individual, toda mulher carrega na sua sombra os aspectos negligenciados, rejeitos e exilados do feminino, mas, num plano cultural mais amplo, num plano arquetípico mais profundo e num plano transpessoal mais elevado, o lado feminino de deus precisa ser redimido para trazer cura, a integridade e o equilíbrio para o planeta e a humanidade."

(Barbara Black Koltuv, "A tecelã - Ensaios sobre a Psicologia Feminina Extraídos dos Diários de uma Analista Junguiana". 1990)