terça-feira, 29 de março de 2011

Deputado Federal diz na TV que seus filhos não "correm risco" de namorar negras ou virar gays porque foram "bem educados"

RIO - O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi parar nos assuntos mais comentados do Twitter após uma polêmica entrevista ao programa CQC, da Band. Ao participar do quadro "Povo quer saber", em que respondeu a curiosidades do público, o deputado disse que seus filhos não correm o risco de namorar uma mulher negra ou virarem gays, porque "foram muito bem educados".

- Não vou discutir promiscuidade com quer que seja. Eu não corro esse risco. Os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu - disse Bolsonaro, em resposta à cantora Preta Gil, que perguntou ao deputado o que ele faria se filho dele se apaixonasse por uma negra.

Sobre como encararia a homossexualidade de um filho, o deputado voltou a repetir que "não corre este risco":
- Isso nem passa pela minha cabeça. Eles tiveram uma boa educação. Eu sou um pai presente, então não corro este risco.
Numa entrevista em que disse que seus gurus na política são todos os presidentes da ditadura militar, Bolsonaro falou também sobre uma possível participação em uma parada gay:
- Não iria porque não participo de (eventos para) promover os maus costumes. Até porque acredito em Deus, tenho uma família, e a família tem que ser preservada a qualquer custo, senão a nação simplesmente ruirá.

Sobre como encararia a homossexualidade de um filho, o deputado voltou a repetir que "não corre este risco":
- Isso nem passa pela minha cabeça. Eles tiveram uma boa educação. Eu sou um pai presente, então não corro este risco.
Numa entrevista em que disse que seus gurus na política são todos os presidentes da ditadura militar, Bolsonaro falou também sobre uma possível participação em uma parada gay:
- Não iria porque não participo de (eventos para) promover os maus costumes. Até porque acredito em Deus, tenho uma família, e a família tem que ser preservada a qualquer custo, senão a nação simplesmente ruirá.


FONTE: O Globo

terça-feira, 22 de março de 2011

Estado do Rio registra um estupro a casa duas horas

por Sergio Ramalho

RIO  - A vendedora X., de 21 anos, voltava para a casa após um dia de trabalho e estudo. Era noite de sexta-feira e, apesar do cansaço, ela planejava encontrar o namorado. Os planos da estudante, contudo, foram interrompidos bruscamente. Com uma faca na garganta, a jovem foi arrastada para um matagal em Santa Cruz e estuprada por horas. Seis meses depois, X. ainda tem pesadelos com o episódio, que mudou sua vida. Nesse período, perdeu o emprego, deixou a escola e terminou o namoro, por não conseguir mais se relacionar sexualmente com o parceiro. Ela não está só. No ano passado, a cada duas horas uma mulher foi vítima de estupro no estado.

(Como combater a violência contra a mulher? Mande um artigo.)

A análise das estatísticas do Instituto de Segurança Pública (ISP) revela que foram registrados 4.589 estupros em 2010, uma média de 12 por dia, o que representa um aumento de 11,3% em relação ao ano de 2009, quando foram computados 4.120 casos. Observando os números registrados nos últimos cinco anos, é possível comprovar que esse tipo de crime vem avançando nas estatísticas. Em 2006, por exemplo, foram contabilizados 3.200 casos - 1.278 estupros e 1.922 atentados violentos ao pudor. A comparação com os dados do ano passado indica um crescimento de 43,4%.

Vale ressaltar que, até agosto de 2009, quando o Código Penal passou por uma revisão, estupro e atentado violento ao pudor eram tipificados de forma distinta. Com a mudança, os dois crimes foram unificados no artigo 213 da lei 12015/09, que prevê pena de seis a dez anos de prisão para o estuprador. O criminosos podem ter a condenação aumentada em caso de agravantes. Se o crime resultar em lesão corporal grave ou se a vítima for menor de 18 ou maior de 14 anos, a pena de prisão passa a ser de oito a 12 anos. Em caso de morte da vítima, a condenação mínima é de 12 e a máxima, de 30 anos de reclusão.

O endurecimento da lei, entretanto, parece não ter surtido efeito. Basta verificar que, no primeiro ano de vigência da nova norma, em 2010, os casos de estupro subiram 11,3%. A tendência de crescimento se repetiu em janeiro deste ano, quando foram computados 396 casos (uma média de 13 por dia), número 14,7% superior ao registrado no mesmo período de 2010, quando foram contabilizados 345 estupros no estado.

A tendência de crescimento desse tipo de crime pode ser verificada a partir de 2006, quando foram computados 3.200 casos. No ano seguinte, houve um pequeno acréscimo - foram 3.222 registros. Em 2008, o ISP contabilizou 3.846 estupros - um aumento de 19,3%, ou 624 casos a mais, em relação a 2007. Em 2009, houve novo crescimento, dessa vez de 7,1% em relação ao ano anterior.
Um estudo do ISP mostra, com base em números de 2008 e 2009, as Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisps) que registram maior incidência do crime. Nos dois anos citados, a 20 Aisp, que reúne os municípios de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis, ficaram em primeiro lugar nesse ranking.

FONTE: O GLOBO

quarta-feira, 16 de março de 2011

Sobre a vinda de Cristos (Parte I)

"Para uma coisa manifestar-se nos planos da forma, tem que ser expressa por meio de uma forma; sem isso não pode haver manifestações. O cristo interno opera quando nos apecebermos, ainda que momentaneamente, do amor perfeito que faz com que todas as coisas sejam uma unidade. Todavia, para que a força crística possa operar a mente coletiva ou de uma comunidade, é necessário que se produza uma realização igualmente coletiva da natureza dessa força. É por isso que temos os cristos dos raios, e não apenas uma só manifestação de uma força impessoal para o universo e toda evolução.
Cada raio manifesta sua força numa fase da evolução, e os aspectos positivo e negativo dos raios são os dias e as noites de Bramá. A sabedoria secreta nos diz que os raios vão entrando em ação por turno, como se fossem raios emitidos por uma única luz, sendo a precessão dos equinócios o relógio cósmico que assinala sua aurora e seu poente. Cada raio desenvolve uma fase da evolução, e cada evolução recapitula a obra de suas antecessoras antes de começar a sua própria obra.
[...]
Este Imperador-Sacerdote, que é uma alma perfeita na evolução anterior, é incomensuravelmente superior às consciências rudimentares que ele vem governar e dirigir, porque tendo terminado sua própria evolução, é um dos mundos de Deus, e a intuição, ao reconhecê-lo assim, invariavelmente o tratava como uma divindidade, porque realmente a divindade se manifestava por seu intermédio. É este ser quem implata na alma coletiva da raça evolucionante as idéias arquetípicas que constituem as faculdades, sendo um processo análogo ao que cada indivíduo realiza ao transmitir os frutos de sua evolução a cada personalidade sucessiva em que vai se manifestando. A civilização assim iniciada vai seguindo seu curso até o nadir da evolução material, ou seja, o ponto mais distanciado de Deus, metaforicamente falando. Neste ponto, tem que dar volta e começar a subida sobre o arco evolutivo, e é aqui onde o Logos Planetário ou o Cristo do Raio se manifesta no mundo físico.
Antes de seu advento, o Raio é uma emanação da vida divina governada pelas leis evolucionadas nas evoluções precedentes, mas então o Logos Planetário diz "uma nova lei vos dou".
A missão do Logos Planetário ao encarnar-se como ser humano, é dupla. Seu aspecto exotérico é o de viver a vida humana arquetípica (ou seja, a vida que todos os seres humanos pertencentes a este raio viverão quando tiverem alcançado a perfeição), imprimindo assim na mente coletiva o ideal ou padrão de vida e de ação. Desta maneira, ele não é somente o "deus perfeito", e, sim, a divindade manifestada e ao mesmo tempo o "Homem perfeito" ou arquétipo ideal de humanidade para essa fase da evolução e o que ele é durante sua breve manifestação terrestre, deverão ser todos os seres humanos quando "se tornam perfeitos como perfeito é o pai que está no céu".
[...]
Não se deve, porém, acreditar que o Manu de um Raio atue como Rei e Sacerdote no princípio, e o Logos Planetário de um Raio como seu Cristo no subciclo que corresponda por seu número e ao número do Raio, fique a humanidade sem guia um só instante. Cada subciclo de um Raio, cada sub-raça da humanidade tem seu Grande Ser, mas estes não são do grau do Logos Planetário, que são a humanidade aperfeiçoada de evoluções anteriores, mas, sim, são da humanidade aperfeiçoada da sub-raça imediatamente precedente, que em número corresponde ao subciclo do Raio em que se esteja trabalhando. Estas entidades devem ser distinguidas dos verdadeiros Logos Planetários pelo fato de que todos os Cristos se manifestam mediante um nascimento virginal e morrem em sacrifício, e em tudo isto de oculta um profundo mistério."

(trecho de Preparação e Trabalho do Iniciado, Dion Fortune)

domingo, 6 de março de 2011

Carta Aberta ao Ziraldo (trecho)

por Ana Maria Gonçalves

Caro Ziraldo,

Olho a triste figura de Monteiro Lobato abraçado a uma mulata, estampada nas camisetas do bloco carnavalesco carioca "Que merda é essa?" e vejo que foi obra sua. Fiquei curiosa para saber se você conhece a opinião de Lobato sobre os mestiços brasileiros e, de verdade, queria que não. Eu te respeitava, Ziraldo. Esperava que fosse o seu senso de humor falando mais alto do que a ignorância dos fatos, e por breves momentos até me senti vingada. Vingada contra o racismo do eugenista Monteiro Lobato que, em carta ao amigo Godofredo Rangel, desabafou: "(...)Dizem que a mestiçagem liquefaz essa cristalização racial que é o caráter e dá uns produtos instáveis. Isso no moral – e no físico, que feiúra! Num desfile, à tarde, pela horrível Rua Marechal Floriano, da gente que volta para os subúrbios, que perpassam todas as degenerescências, todas as formas e má-formas humanas – todas, menos a normal. Os negros da África, caçados a tiro e trazidos à força para a escravidão, vingaram-se do português de maneira mais terrível – amulatando-o e liquefazendo-o, dando aquela coisa residual que vem dos subúrbios pela manhã e reflui para os subúrbios à tarde. E vão apinhados como sardinhas e há um desastre por dia, metade não tem braço ou não tem perna, ou falta-lhes um dedo, ou mostram uma terrível cicatriz na cara. “Que foi?” “Desastre na Central.” Como consertar essa gente? Como sermos gente, no concerto dos povos? Que problema terríveis o pobre negro da África nos criou aqui, na sua inconsciente vingança!..." (em "A barca de Gleyre". São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1944. p.133).

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[...]

Com pesar, e em retribuição ao seu afeto,

Ana Maria Gonçalves
Negra, escritora, autora de Um defeito de cor.

NA INTEGRA: O Biscoito Fino e a Massa: http://migre.me/402Ur

quarta-feira, 2 de março de 2011

A Mulher e o Poder do Nascimento

O Poder do Nascinemo no primeiro nível:

“O nascimento é o primeiro poder feminino. A fêmea recebe a semente masculina dentro de si, esse é o primeiro medo, pois uma parte dele foi tragada para a escuridão interna dela. Essa semente está viva, o homem e a sua semente são uma coisa só, ela é a sua força vital. São milhões de espermatozóides, no entanto, apenas um sobreviverá. Para a mente subconsciente do homem, isso faz da mulher uma assassina múltipla, já que os espermatozóides mal-sucedidos morrem e somem. Eles desaparecem como se nunca tivessem existido, uma parte do homem morre com eles. Muitas correntes orientais advogam a retenção do sêmen, acreditando que a entrada na vagina encurta a duração de vida do homem, enquanto a retenção vai prolongá-la.”

O Poder do Nascimento no segundo nível:

“Mas o nascimento não é só um ato físico: idéias, pensamentos, criações da mente em geral, tudo vem a luz da mesma forma.”

“Os homens criativos em seu trabalho e em sua vida quase sempre têm uma mulher ao seu lado, não necessariamente uma esposa, mas uma irmã, mãe, amiga, que age como catalisadora.”

“Da mesma forma que ela recebe a semente masculina em seu interior, ela acolhe necessidades, idéias e desejos do homem em seus níveis psíquicos profundos e os devolve recarregados por centros mais elevados.”

O Poder do Nascimento no terceiro nível:

“A mulher com seu talento inato de tocar o lado interno da vida, aceita e combina sua vontade com a experiência espiritual. Para o homem é uma tentação de origem desconhecida. Porém, se homem simplesmente aceitar a experiência, ele entra nela de corpo e alma e sai completamente renascido. O poder feminino de provocar transformação espiritual no homem salvá-lo ou destroçá-lo[p1] .

 [p1]“Destruí Wilfred, e ele se reergueu como uma fênix, renascido das cinzas de sua vida mortal, e conheceu a Grande Isis. Eu o matei e lhe dei o nascimento. Isso não é mau, a menos que se considere mau o sofrimento, e eu não o reconheço assim, afinal, o sofrimento traz poder, e destruição significa liberdade.” (A sacerdotisa da Lua, Dion Fortune)

(In A Arvore do Extase, de Dolores Ashcroft-Nowick)