A suspensão do kit foi confirmada pelo ministro da Secretaria-Geral da República, Gilberto Carvalho, no começo da tarde desta quarta-feira.
A pressão dos parlamentares dos grupos de evangélicos e católicos foi feita com ameaças de convocar o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci para esclarecer a multiplicação do seu patrimônio e de pedir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na área da educação por causa do projeto do material que seria distribuído às escolas para promover a diversidade.
O ministro Carvalho, no entanto, discorda da versão de um acordo com os parlamentares envolvendo o caso de Palocci: "Não tem toma lá, dá cá", disse.
Segundo Carvalho, o governo "achou que seria prudente não editar esse material que estava sendo preparado no MEC e a presidente Dilma Rousseff decidiu pela supensão desse material, assim como o vídeo que estava sendo preparado por uma ONG". Ele afirmou também que, a partir de agora, todo material sobre costumes "será feito a partir de uma consulta mais ampla à sociedade".
Sem convocação nem CPI
Ao conseguir a suspensão do kit anti-homofobia, as bancadas evangélica e católica deixaram de pedir a convocação de Palocci e recuaram na abertura de uma CPI da educação.
Para Gilberto Carvalho, se as bancadas decidiram não fazer os pedidos, a mudança de atitude não tem relação com o recuo do governo sobre a questão do kit gay.
Já o deputado Antonhy Garotinho, afirmou: "todas as decisões que tínhamos tomado ontem, obstrução, criação de CPI do MEC e a convocação do ministro Palocci, estão suspensas com o compromisso que o ministro assumiu [de suspender o kit e colocar as bancadas nas discussões sobre material sobre costumes] e não com o pedido deles".
Na sessão de ontem, Garotinho já havia sugerido a ameaça: "Hoje em dia, o governo tem medo de convocar o Palocci. Temos de sair daqui e dizer que, caso o ministro da Educação não retire esse material de circulação, todos os deputados católicos e evangélicos vão assinar um documento para trazer o Palocci à Câmara”, afirmou à Agência Câmara.
Ao conseguir a suspensão do kit anti-homofobia, as bancadas evangélica e católica deixaram de pedir a convocação de Palocci e recuaram na abertura de uma CPI da educação.
Para Gilberto Carvalho, se as bancadas decidiram não fazer os pedidos, a mudança de atitude não tem relação com o recuo do governo sobre a questão do kit gay.
Já o deputado Antonhy Garotinho, afirmou: "todas as decisões que tínhamos tomado ontem, obstrução, criação de CPI do MEC e a convocação do ministro Palocci, estão suspensas com o compromisso que o ministro assumiu [de suspender o kit e colocar as bancadas nas discussões sobre material sobre costumes] e não com o pedido deles".
Na sessão de ontem, Garotinho já havia sugerido a ameaça: "Hoje em dia, o governo tem medo de convocar o Palocci. Temos de sair daqui e dizer que, caso o ministro da Educação não retire esse material de circulação, todos os deputados católicos e evangélicos vão assinar um documento para trazer o Palocci à Câmara”, afirmou à Agência Câmara.
FONTE: http://migre.me/4DCTi
5 comentários:
Curioso como as forças retrógadas se acomodam umas às outras com facilidade. Cada uma puxa o rabo do oponente para que seus objetivos sejam alcançados, tudo isso usando o nome família, como se outras formas de amor fossem abominações criminosas.
A palavra traição me ocorre nestes momentos.
Incrível como as forças políticas se acomodam nas horas críticas, realizando por detrás das cortinas acordos que só beneficiam a si próprios e aos seus currais eleitorais. Será que teremos que ter uma política voltada para bancadas? Ruralistas, evangélicos, negros, brancos, jovens, adultos, mulheres, homens, gays, ambientalistas, extravistas, rappers, roqueiros, funkeiros, policiais, traficantes...
Se o que vale é o interesse imediato para que existem partidos e suas posturas ideológicas? Tristes trópicos.
Olá foi a 2ª vez que vi o teu espaço online e gostei tanto!Espectacular Trabalho!
Cumps
"O caso Palocci: os gays como moeda de troca"
http://migre.me/4JuUY
Pois é. O governo vendeu o kit anti-homofobia em troca da cabeça do Palocci para vencer a oposição. Mas foram os próprios governistas que entregaram o ministro para a forca.
No fim ficamos sem o kit e o governo sem Palocci. Ponto para as forças conservadoras. O governo experimenta sua dose de amargo remédio.
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