sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Mulher luta pra conseguir aborto após ser estuprada

Estupro no lixão em Maricá

“Não vou carregar uma gravidez concebida sem minha vontade. Essa criança é fruto de uma violência sexual da qual fui vítima e carrego marcas que jamais serão apagadas. Só espero que não me julguem por isso, pois estou sofrendo muito”. 

As palavras e a história da diarista X, de 35 anos, impressionaram os policiais da 82ª DP (Maricá). Mãe de cinco filhos, ela reconheceu Walter Alfredo Pagano Blanco Junior, de 38 anos – preso pelos próprios agentes, na última segunda-feira, sob a acusação de estuprar uma menina de 11 anos – como o homem que a violentou no final de novembro do ano passado em um lixão, em Maricá.

Ainda muito abalada, a diarista ficou 42 minutos em frente à delegacia, na manhã de ontem, até tomar coragem para entrar e denunciá-lo, o que só foi feito após certificar-se de que ele permanecia preso. Nas mãos, um exame que indicava quase 11 semanas de gestação.
“Quando descobri que estava grávida, em janeiro, me questionei sobre o que faria da minha vida. Cometi loucuras para perder esse bebê”, contou emocionada.

Entretanto, são as lembranças do crime que mais chocam a diarista.
“Estava voltando do trabalho cheia de bolsas e ele me ofereceu uma carona, o que é comum aqui no bairro. Quando chegou em frente à minha casa, esse monstro acelerou o carro e seguiu para o lixão dizendo para eu calar a boca senão me mataria. Clamei em nome dos meus filhos e pedi para que ele não fizesse aquilo comigo. Ele ignorou, bateu com a minha cabeça em uma pedra e me estuprou”, narrou a vítima, acrescentando que Walter ainda a ameaçou de morte caso ela contasse o fato para alguém.

“Demorei a procurar ajuda por medo. Não quero essa criança, mas quero tirá-la por meios legais. Só vou ficar aliviada quando não tiver mais nenhum vestígio dele no meu corpo”, disse, aos prantos.

Aborto - Com base no reconhecimento da vítima e no exame de gravidez, o delegado da 82ª DP, Marcello Maia, vai solicitar à Justiça a autorização de um aborto legal para a diarista e o pedido de prisão preventiva de Walter por estupro.

Investigado como um dos principais fornecedores de cocaína para comunidades de Maricá, na Região dos Lagos, Walter foi preso por agentes da 82ª DP (Maricá), na tarde da última segunda-feira, sob acusação de estuprar uma menina de 11 anos e mantê-la em cárcere privado junto com a mãe, sob ameaças de morte.

FONTE: http://migre.me/3RnBf

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