terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Festival da Primeira Colheita


Conhecido como Lughnasadh, Véspera de Agosto e Lammas esse sabá é o Primeiro Festival da Colheita. Nesse Sabá (que marca o início da estação da colheita e é dedicado ao pão), agradecemos aos deuses pela colheita com várias oferendas às deidades para assegurar a continuação da fertilidade da terra e honram o aspecto da fertilidade da união sagrada da Deusa e do Deus.

O nome Lughnasadh veio duma festa agrícola típica dos Celtas, uma festa da colheita em honra ao deus céltico do Sol: Lugh (o maior guerreiro dentre os celtas, pois derrotou os gigantes que exigiam sacrifícios humanos). E Lammas era celebrado como o festival dos grãos e o dia para cultuar a morte do Rei Sagrado, que era representado pelo alimento (geralmente pão ou bolo ou qualquer outra massa) feito com grãos, que representam a colheita, e repartido (como alimento sagrado) entre os membros do coven ou da família ou mesmo entre amigos. Este nome vem do costume medieval de levar os primeiros pães (bolos, etc) para uma celebração.

Na colheita dos grãos de Lammas começamos a ver como a decadência do Sol fica mais evidente. Ele está se despedindo.. Se sacrificando pelos grãos que nasceram. O verão está nitidamente acabando; podemos sentir isso no alaranjado do céu, na sensação de “fim de férias” e a volta aos afazeres tradicionais.

Tudo o que é dito no mito da Roda do Ano é um reflexo do que acontece na Natureza, tanto em humanos quanto em animais ou plantas. É a famosa frase: Tanto em cima quanto embaixo. Ou seja: o que acontece no reino dos deuses acontece conosco.

É uma época de agradecimento aos Deuses por tudo o que colhemos. Agradece-se ao que foi bom e também ao que pareceu ruim, pois crê-se que tudo o que acontece na vida faz parte no caminho evolutivo de cada um.

Toque Brasileiro

Nesse sabá, podemos citar a Deusa indígena Mani. Segundo a lenda, a filha do chefe de uma tribo apareceu grávida, porém ela jurava não ter se deitado com homem algum. O pai, seguindo a tradição, mata-la-ia; entretanto, na noite anterior ao ato, um espírito dos Antigos Anciãos da sua tribo veio-lhe em sonho e disse-lhe que a criança possuiria uma grande magia e que não deveria ser morta.

Quando a criança nasceu, sua pele era tão branca que mais parecia a própria lua a brilhar. Já nasceu sabendo falar, no segundo dia de vida, aprendeu a andar. Após um ano, aconselhando a tribo com as sábias palavras de uma Deusa, Mani morreu. Segundo a tradição, foi enterrada na oca de sua mãe, que a regava todos os dias.

Dentro de algum tempo, uma planta nasceu naquele lugar, uma planta cujas raízes escuras eram tão grandes que chegaram a sair do chão. Entretanto, o interior da raiz era tão branco quanto a alva pele de Mani; assim a planta ficou conhecida como Mandioca, que quer dizer, a Oca (casa) de Mani.

Por isso, em honra a Deusa Mani, também é muito comum no Brasil a valorização da mandioca e de outras plantas típicas no ritual de Lughnasad: a Festa da Colheita.

FONTE: Circulo Sagrado: http://migre.me/3SP0J
Lughnasadh Wikipédia: http://migre.me/3SP2I

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